quarta-feira, 3 de setembro de 2008

POVOS AFRICANOS

A cidade de Aksum, no norte da Etiópia, foi a capital de um reino denominado Axum (mas também referido como “estado aksumita”) que foi um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, entre os séculos I e XIII. As ruínas da cidade incluem obeliscos monolíticos, estelas gigantes, túmulos reais e antigos castelos.

Por estas razões, as ruínas da cidade foram inscritas pela UNESCO, em 1980 na lista do Património Mundial.

A Igreja Ortodoxa Etíope afirma que a igreja de Nossa Senhora Maria de Zion, em Aksum, contém a Arca da Aliança mencionada na Bíblia, dentra da qual se encontram as Tábuas da Lei onde estão inscritos os Dez Mandamentos. Foi nesta mesma igreja que os imperadores etíopes foram coroados durante séculos, mesmo depois do declínio do reino de Axum, no século X, até ao reinado de Fasilidos e depois a partir de Yohannes IV, até ao fim do império.

Obelisco do Rei Ezanas em Aksum, Etiópia
Obelisco do Rei Ezanas em Aksum, Etiópia

Aksum é considerada a cidade mais sagrada da Etiópia e é um importante destino de peregrinações. Alguns festivais religiosos dignos de mencionar são o Festival T'imk'et (equivalente à Epifania nas igrejas cristãs ocidentais), a 7 de Janeiro e o Festival de Maryam Zion nos finais de Novembro.

Em 1937, um obelisco com 24 m de altura e 1700 anos de idade foi cortado em três partes por soldados italianos e enviado de Aksum para Roma. Este obelisco é considerado um dos mais refinados exemplos da engenharia do império axumita e, apesar de um acordo mediado pela ONU, em 1947, de que o obelisco seria devolvido, o governo italiano não o cumpriu, resultando numa longa disputa diplomática com o governo etíope, que vê no monumento um símbolo de identidade nacional. Finalmente, em Abril de 2005, a Itália começou a devolver o obelisco em pedaços e espera-se que ele volte a ser erigido em Setembro de 2005.

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